27. #PapoÍntimo com André Lajst

O convidado recebido por Sandra Chayo para o episódio #27 do Papo Íntimo é André Lajst! Ele é um cientista político, ex soldado das forças armadas israelenses, e presidente executivo da  StandWithUs.

André é especializado em Oriente Médio e veio para contribuir com debates relevantes e necessários, principalmente no período atual. Sandra conta que, há muito tempo atrás, não acreditava tanto no poder e na importância desses trabalhos de comunicação da verdade. Mas ao ser mais ativa nessa jornada, hoje vê o quanto isso faz toda a diferença.

Como foi a trajetória de André Lajst?

André nasceu em São Paulo, sendo filho de uma mãe argentina e um pai brasileiro. Ele conta que a princípio queria ser veterinário e posteriormente, mudou para business e conta que sempre foi ativo como vendedor sua adolescência toda!

Em 2006, ele foi para Israel, e o sonho de estudar relações internacionais e trabalhar para o país, mas ainda não sabia como seria esse processo. Ele sentia uma necessidade de explicar e falar para as pessoas sobre esses temas.

Após anos de estudos na área, ter cumprido serviço militar na inteligência da força aérea, passado por uma guerra em Gaza, adquiriu um repertório robusto para tratar sobre essas questões com maior propriedade.

O papel das mídias sociais na visibilidade de acordo com André Lajst

André Lajst relata que na guerra de 2014, já existia Instagram, Twitter e Facebook com muitas informações falsas, e ele tinha o objetivo de usar as redes para mudar a imagem de Israel através do compartilhamento de verdades sobre esses assuntos.

Ele acreditava que alguma coisa precisava ser feita em relação à essa falta de conhecimento e tantos assuntos mantidos no escuro.

André diz que, então, a partir disso passou a buscar formas de ter mais atividade nesse cenário, até começar a pensar em trazer a StandWithUs para o Brasil, que já existia nos Estados Unidos desde 2001.

Como foi o processo de trazer a StandWithUs para o Brasil?

Segundo Lajst, que a princípio era algo pequeno, uma vez que existem muitas diferenças de cenário entre o Brasil e os Estados Unidos, e que foi crescendo. Hoje, ele conta que esse projeto já tornou uma proporção muito maior e cumpre seus objetivos de forma bem mais ativa.

Ele conta que possuem vários departamentos. Um departamento cujo o principal objetivo é levar sobreviventes do holocausto, para não judeus, para que possa inspirar com as histórias de superação.

Outro departamento, é responsável pela educação, que principalmente agora, durante a guerra, tem muita demanda. E são pessoas que são especialistas no conflito, sem entrar em juízo de valor em relação a política, ensinando através da literatura.

Além disso, atuam tanto em escolas judaicas como em escolas não judaicas, em escolas públicas e privadas também. E a atuação é feita de forma passiva (quando são chamados em alguma situação) ou então de forma ativa, quando a própria organização entre em contato.

O que é o movimento sionista segundo Afrescamos Lajst?

André explica que o que grande parte das pessoas que rejeitam o termo acreditam que signifique esse termo, não tem nada a ver com o que ele representa. É, na realidade um termo livre de ideologia política, que significa movimento nacional de autodeterminação do povo judeu.

Lajst ressalta que o sionismo deve ocupa o lugar de uma óptica coletivista, sem um preocupação excessiva com a orientação política. André e Sandra debateram sobre os refugiados, e como funciona esse processo em diferentes partes do mundo e André explica as varias visões sobre o refugiados, apresentando a complexidade dessas questões.

Injustiças frente à identidade judaica

Sandra aproveita esse tema para ressaltar o quanto preconceitos são injustos em relação aos judeus, e a inversão de narrativas que faz com que o antissemitismo tenha seus níveis elevados.

Ela diz que esse trabalho e o trabalho de outras pessoas de disseminar informações verdadeiras é de extrema importância para reduzir esse cenário. Dar voz à verdade dos fatos, contribui com a formação de opniões mais justas e menos polarizadas.

O que é o radicalismo islâmico?

Movimentos políticos radicais islâmicos veem o mundo de uma forma diferente do restante. Isso porque que tem um fundamentação radical e extrema na religião, que procura conquistar espaços e liderar, que para estes está acima de outras leis.

Assim, esses grupos tem classificação, segundo André, e possuem motivações específicas diferentes, mas fundamentados na mesma ideia, entre outras semelhanças de atuação.

Qual a solução para esses conflitos, segundo André Lajst?

André ressalta que o primeiro passo seria uma deshamassificação da palestina. E diz que não existe como ter paz, quando a cultura é de destruição em um local. É necessário que existam concessões e que as resistências precisam ponderar, porque a justiça absoluta para um, anula o outro.

Na prática, seria necessário uma análise em busca de uma solução, concordando que mesmo com narrativas diferentes e sobrepostas, que exista um acordo que seja o mínimo de humanização para ambos.

A coisa mais importante para Israel, segundo Lajst, é a segurança e isso não pode ser passível de negociação. Isso porque, Israel foi criado para ser um lar judeu e é preciso que seja seguro.

O episódio completo está disponível no canal do YouTube e você assiste clicando aqui. E já aproveite para seguir o perfil do @papointimo.podcast no Instagram para saber sobre os próximos episódios e convidados.

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