45. #PapoÍntimo com Marc Tawil
Postado 2 de dezembro de 2024 em Papo Íntimo por Júlia Miranda
O convidado da semana é um dos principais especialistas em comunicação no Brasil, palestrante, empreendedor e estrategista de comunicação: Marc Tawil, além disso, é amigo pessoal de Sandra Chayo, tendo estudado com ela durante o período da escola.
Como começou a trajetória de sucesso de Marc Tawil?
Essa pergunta surge quando Sandra conta sobre como era Marc na escola, brincando que ele era um aluno exemplar. Marc conta que não se considera mais o mesmo da época.
Marc começa dizendo que na sua época, era diferente, e diziam que ele era muito comunicativo. E acredita que falar bem não quer dizer passar uma mensagem. Marc conta que começou como jornalista e sempre gostou muito da urgência da notícia. Ou seja, de estar bem informado e assim informar bem as pessoas.
Marc entrou na faculdade com quase 20 anos, porque na época não sabia muito bem o que fazer. Ele conta que sua mãe o apoiou nesse processo, não o pressionando a começar a faculdade cedo. Sua primeira grande ação em relação à sua carreira foi quando teve um ataque ao Centro de Tradições Nordestinas por neonazistas. Marc enviou uma carta ao Estadão sem se identificar e essa carta foi publicada de forma anônima. Após isso, o convidaram a escrever um artigo sobre racismo.
Marc diz que ainda acredita que essa seja a verdadeira função do jornalismo, colocar uma lupa em temas que merecem a devida importância, contextualizando de forma correta. Ele começou trabalhando em uma assessoria, depois disso trabalhou na Resenha Judaica (jornal da comunidade judaica).
Marc também trabalhou na Jovem Pan, onde ficou 3 anos, ficou 8 anos no Jornal da Tarde, e na Band News por mais 3 anos. Depois de toda sua trajetória profissional ele montou sua própria agência.
Quais desafios Marc enfrentou em sua carreira?
Ao falar sobre esse tema, Marc destaca que fundou sua agência de conteúdo em 2010, e era uma época muito diferente da que é agora. Ele lembra que, na época, as coisas não aconteciam de forma mais simplificada como é agora e que as pessoas não entendiam o que era conteúdo, relatando que o mundo mudou muito. Ele começou com uma agência de conteúdo que hoje é uma agência de comunicação.
Além disso, Marc reflete que apesar de ser uma época bem diferente, a virada para o digital aconteceu de forma muito rápida, então não bastava publicar um texto bom, muitas métricas começaram a aparecer. Sandra considera essa mudança uma evolução, mas Marc conta que foi negativo para ele, porque não conseguiu pegar esse bonde.
Em 2016 Marc virou top voice, estando entre as pessoas que mais engajaram no Linkedin. Nesse momento ele conta sobre um momento que considera que cometeu um erro: ele viu o mercado crescer e se desenvolver, mas acreditava que isso não era para ele. Assim, sua agência começou a estagnar e as pessoas admiravam mais ele do que na agência. Então ele resolveu aproveitar esse momento e teve o insight de apostar na sua própria marca, inclusive escreveu seu livro “Seja sua própria marca”.
O que podemos aprender com Marc Tawil sobre marca pessoal?
Marc diz ficar feliz em poder conversar com Sandra sobre isso, pois ele admira muito o trabalho que ela fez com sua marca pessoal, que inclusive, ajudou a humanizar a relação dos clientes com a HOPE. Ambos falam sobre o quanto identificação e valores são aspectos importantes para solidificar uma marca.
Sandra, além de ser comunicadora, também trabalha com influenciadoras e diz o quanto isso é importante para diversificar um negócio. Sandra diz que esse livro vale para todos que estão no mercado de trabalho.
Ainda sobre identificação, ela diz perceber o quanto suas falhas e imperfeições, mostrando lados reais da sua vida, ajudam nesse processo de identificação, porque as pessoas conectam-se melhor com pessoas reais.
Nossa sociedade tem evoluído ou regredindo?
Sandra e Marc debatem sobre a evolução da nossa sociedade, e apesar de reconhecer que estamos em um momento de grande progresso em diversas áreas, Sandra destaca que existem alguns temas que sofrem regresso, como a questão do antissemitismo.
Ao falar sobre isso Marc coloca seu ponto de vista sobre como a informação é passada de forma rasa e muitas vezes errônea para as pessoas. A falta de pesquisa e de uma leitura mais aprofundada sobre esses assuntos faz com que as pessoas não tenham mais pensamento crítico.
Dessa forma, há um empobrecimento cultural pela falta de procura por informações relevantes e concretas. As redes sociais também tem o papel de informar e desinformar hoje em dia. E cabe aos pais também acompanhar o conteúdo que seus filhos vem consumindo.
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