Por que gostamos tanto do hábito de fazer listas?

Fazer listas

Se você também sente uma pequena satisfação em riscar um item da sua lista de tarefas, saiba que não está sozinha. Afinal, fazer listas é um hábito que vai muito além da organização: mexe com o nosso cérebro, com a nossa ansiedade e até com a forma como lidamos com a vida.

Foto: Paico Oficial na Unsplash/Reprodução.

E não importa se a lista é de supermercado, de metas do mês, to do’s do dia ou séries pra assistir. O simples ato de escrever (ou digitar) o que precisa ser feito já traz uma sensação de alívio. Isso acontece porque o nosso cérebro adora previsibilidade — e as listas são uma forma de criar um “mapa claro” do que está por vir.

Sendo assim, bora entender por que a gente ama tanto um checklist e como isso pode impactar (pra melhor) o nosso dia a dia?

Qual é o impacto psicológico de fazer listas?

Fazer listas ativa uma área do cérebro ligada à recompensa. Então, quando riscamos um item concluído, liberamos dopamina — o mesmo hormônio ligado ao prazer e à motivação. Dessa forma, é por isso que aquela sensação de “missão cumprida” é real mesmo.

Além disso, listas ajudam a reduzir a sobrecarga mental. Em vez de tentar lembrar de tudo o tempo todo, a gente transfere o conteúdo pra um papel (ou aplicativo ou bloco de notas) e, assim, libera espaço mental. Isso alivia a ansiedade e ajuda a focar em uma coisa por vez.

Outro ponto interessante: ao fazer listas, organizamos pensamentos soltos e damos um formato mais estruturado para ideias que, sozinhas, poderiam gerar confusão. Portanto, mais do que planejamento, listas funcionam quase como uma terapia express.

Por que fazer listas ajuda na produtividade?

Porque elas transformam o “tenho muita coisa pra fazer” em uma sequência de pequenas ações práticas. Assim, isso muda tudo. Ou seja, quando o dia parece caótico, colocar tudo em tópicos pode ser o primeiro passo pra retomar o controle.

Dessa forma, fazer listas ajuda a priorizar, delegar e — por que não? — perceber que nem tudo precisa ser feito no mesmo dia.

Por exemplo, quando você escreve “resolver pendências financeiras” e, logo abaixo, divide isso em “pagar conta X”, “renegociar conta Y”, “checar extrato Z”, tudo fica mais tangível. E muito mais fácil de começar.

Além disso, ver a lista avançando dá uma injeção de ânimo. Isso porque ao perceber que já concluiu três tarefas, o impulso de seguir adiante é bem maior do que quando tudo está apenas na cabeça.

Fazer listas pode ajudar no bem-estar emocional?

Sim, com toda certeza fazer listas faz muito bem para a sua saúde emocional. Aliás, muita gente hoje usa esse hábito como uma forma de autocuidado.

Por exemplo, listas de gratidão, de sonhos, de momentos felizes da semana… Todas essas variações ajudam a focar em coisas boas, a registrar memórias e até a desenvolver mais autoconhecimento.

Outro ponto positivo é que, ao escrever, a gente entra em contato com o que está sentindo. Então, uma simples lista pode revelar muito sobre o nosso estado emocional — seja ele de estresse, cansaço, entusiasmo ou expectativa.

Existe uma “melhor forma” de fazer listas?

A melhor lista é aquela que funciona pra você. Por isso, pode ser digital, no papel, colorida, minimalista, em tópicos ou por blocos de tempo. O importante é que ela ajude você a visualizar o que precisa e a se organizar com mais leveza.

No entanto, um cuidado importante: evite transformar a lista em mais uma cobrança. Não conseguiu riscar tudo hoje? Tudo bem. O objetivo não é a perfeição, e sim a clareza. Por fim, vale lembrar que a lista é uma aliada, não um castigo.

Portanto, fazer listas é uma forma de cuidar da mente, organizar o caos e celebrar cada pequena conquista. Então, da próxima vez que você se sentar pra anotar o que precisa fazer, saiba que está fazendo muito mais do que parece.

E se ainda não tem esse costume, que tal tentar começar?

Foto de Capa: Annie Spratt na Unsplash/Reprodução.

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