Modelo LAT: por que morar separado virou tendência?

Você já ouviu falar no modelo LAT? A sigla vem do inglês Living Apart Together – que na prática significa viver junto. Porém, em casas separadas. E pode acreditar: essa forma de se relacionar tem ganhado força nos últimos anos, principalmente entre casais que buscam mais autonomia e equilíbrio na rotina.

Sendo assim, se antes a ideia de morar sob o mesmo teto era praticamente uma exigência para validar um relacionamento sério, agora muita gente tem provado que amor e convivência podem ter novas configurações, e que isso não diminui em nada o sentimento envolvido.

Então, bora entender melhor o que é esse modelo e por que ele vem conquistando tantos corações?

O que é o modelo LAT e como ele funciona?

Em primeiro lugar, é importante deixar claro que o modelo LAT não tem nada a ver com falta de compromisso ou desinteresse. Pelo contrário: muitos casais que escolhem viver separados têm relações extremamente sólidas, maduras e cheias de afeto.

Neste modelo, cada pessoa mantém seu próprio espaço físico, sua casa, sua rotina. No entanto, compartilha a vida, os planos e os sentimentos com o parceiro ou parceira. Dessa forma, o relacionamento se adapta aos desejos individuais de autonomia, preservando a conexão emocional.

Além disso, existem várias formas de praticar o LAT: alguns casais se veem quase todos os dias, outros preferem marcar encontros no fim de semana, e há quem mantenha rotinas mais flexíveis conforme a necessidade de cada um.

Por que o modelo LAT está crescendo?

Existem vários motivos que explicam o crescimento do modelo LAT nos últimos anos. E, claro, cada casal tem suas próprias razões. Mas, alguns fatores aparecem com mais frequência, como:

Autonomia e espaço pessoal

Manter a individualidade é uma prioridade para muita gente hoje em dia. Então, ter o seu próprio canto facilita isso.

Carreiras exigentes

Trabalhos em cidades diferentes ou horários incompatíveis podem tornar o LAT uma solução prática para conciliar amor e vida profissional.

Experiências anteriores

Quem já passou por relações difíceis ou convívios desgastantes muitas vezes prefere um modelo que respeite mais os limites de cada um.

Estilo de vida

Algumas pessoas simplesmente se sentem melhor morando sozinhas. Porém, não abrem mão de uma relação amorosa sólida.

Quais são as vantagens (e desafios) de um relacionamento no modelo LAT?

Como tudo na vida, o modelo LAT tem seus prós e contras. Dessa forma, vamos começar pelas vantagens:

• Menos desgaste na rotina: sem a convivência diária, muitas pequenas brigas ou irritações podem ser evitadas.
• Mais saudade e desejo: ver o outro com menos frequência pode manter a relação mais viva e excitante.
• Preservação da individualidade: hobbies, projetos pessoais e amizades continuam firmes, sem aquela sensação de “abandonar” a própria vida.

No entanto, o modelo também traz alguns desafios:

• Necessidade de confiança alta: viver separados exige segurança emocional para lidar com o dia a dia do outro.
• Gestão do tempo: é preciso organizar a rotina para que os momentos juntos sejam de qualidade.
• Pressão social: muita gente ainda torce o nariz para esse tipo de relacionamento e pode haver julgamentos externos. Por isso, o sucesso de uma relação no modelo LAT depende muito do diálogo aberto, da transparência e, claro, de expectativas alinhadas.

Portanto, o LAT responde a uma mudança real no jeito que muita gente enxerga o amor, a convivência e a liberdade pessoal.

Existem pessoas que valorizam mais a convivência diária, a construção de uma vida a dois tradicional, e está tudo bem também. Afinal, o importante é entender que hoje o amor pode ter muitas formas — e que o modelo LAT é apenas uma delas.

Se você se identificou com a ideia, vale conversar sobre isso no relacionamento atual ou refletir se, no futuro, esse formato faz sentido para você!

Foto de Capa: Carly Rae Hobbins na Unsplash/Reprodução.