57. #PapoÍntimo com Taciana Veloso

Taciana Veloso

Se tem uma frase que resume bem o último Papo Íntimo é: “colocar a cara a tapa é o preço do sucesso”. E quem diz isso com propriedade é Taciana Veloso, cofundadora e CEO da Index.

No episódio, ela contou como começou em uma era totalmente analógica, como a agência virou um ecossistema completo de comunicação e por que a coragem de aparecer — com consistência e responsabilidade — muda o jogo para marcas e pessoas.

Como a história da Index começou e o que ela virou hoje?

Em primeiro lugar, a trajetória: Taciana Veloso e a sócia Susana (a “Sussu”) se conheceram na faculdade de jornalismo em São Paulo. No finzinho do curso, se juntaram para um trabalho, o entrosamento deu certo e veio o convite: “vamos montar uma consultoria?”.

Então, elas começaram de forma superintuitiva, em 1996, no escritório do pai da Sussu, em um mundo sem internet e sem e-mail. A primeira cliente? A Fórmula Academia — onde a Taci já trabalhava com comunicação e marketing e que serviu como escola.

Dessa forma, aquele embrião de assessoria de imprensa virou, com o tempo, um ecossistema 360º. Hoje, a Index reúne PR estratégico, marketing de influência, gestão de talentos, produção executiva de eventos e experiências, projetos especiais e criação de conteúdo.

Além disso, a sociedade ganhou mais uma peça: a Lelê (irmã da Taciana), que entrou para cobrir licença-maternidade e ficou. O time? Cerca de 140 pessoas e uma cultura forte do “fazer acontecer”.

Assim, a expansão não ficou só no Brasil. Afinal, a Index criou a Ato, em parceria com a especialista Marina Cansado, para trabalhar narrativas de sustentabilidade, e também a ImpR (com a PR brasileira Dani Zedo, nos EUA), para projetos e atendimento internacional — com cases como Havaianas, ações em Cannes e projetos de alta-costura.

No portfólio nacional, a lista é ampla e passa por moda, beleza, lifestyle, turismo, gastronomia, bebidas, incorporadoras… com relações longas e trocas intensas. Por exemplo, Iguatemi, Arezzo/Grupo Soma, Cimed.

Por que “mostrar o rosto” importa tanto para a estratégia de negócios?

Pessoas se conectam com pessoas. Por isso, Taciana Veloso bateu nessa tecla várias vezes: quando a liderança aparece — com verdade e valores alinhados — a confiança cresce e os resultados acompanham. Além disso, a própria Sandra Chayo contou que, na pandemia, decidiu se expor mais (lives, entrevistas) e viu impacto direto em reputação, negócios e até vendas.

Depois, a Taciana reforçou: não é sobre personagem, é sobre autenticidade e consistência. Porém, junto com autonomia vem responsabilidade: quem fala se responsabiliza pelo que diz e aprende com eventuais erros.

Como lidar com a tal “cultura do cancelamento”, segundo Taciana Veloso?

Vale sempre lembrar que visibilidade traz risco. Sim, crises acontecem — com marcas e com pessoas. Dessa forma, Taciana Veloso explicou que cada crise é única, mas o pânico costuma ser igual.

A chave é esfriar o ambiente e não jogar lenha: responder demais, no calor do momento, pode esticar a conversa e piorar a situação. Então, cabe analisar, assumir o que precisa ser assumido, ajustar rumo e seguir.

E tem diferença entre crise de imagem (associação com alguém ou uma fala) e problema estrutural de conformidade (ex.: casos graves como trabalho análogo ao escravo). Assim, a primeira se resolve com atitude, aprendizado e transparência; a segunda exige correção profunda.

O que faz o “jeito Index” funcionar?

A Index não vive de “surtos” de comunicação. Portanto, Taciana Veloso defende uma narrativa consistente, com conexão entre frentes: imprensa, creators, eventos, mídia paga e redes sociais conversando entre si, em cadência.

O objetivo é construir reputação e manter uma conversa viva, que forma opinião e muda de patamar. Por isso, o que antes seria “a capa que resolve tudo” virou um conjunto de movimentos que se fortalecem mutuamente. E quando a empresa faz um evento, ativa influência, trabalha comunidade e imprensa, o efeito é muito maior do que ações isoladas.

Além disso, tem o fator gente. A Index cresceu investindo em pessoas melhores do que você (palavras da própria Taci), delegando e confiando. E, claro, mantendo proximidade com clientes. A cultura valoriza diversidade de perfis e alinhamento de valores — inclusive com programas de inclusão em parceria com o IDBR e a estudante Genu, para manter o olhar contemporâneo.

Dicas essenciais da Taciana Veloso para quem está fora do mercado e quer começar

Agora, um bloco direto para quem quer entrar no mercado: Taciana Veloso fala em olhar para o que está perto. Por exemplo, pedir ajuda, mostrar atitude e usar as redes como alavanca para empreender. A prática cria fluidez: falar em público, gravar vídeos, produzir conteúdo — tudo melhora com treino. Além disso, não precisa esperar o “dia perfeito”: começa pequeno e ajusta no caminho:

Se aproxime do que você já conhece

O primeiro cliente da Index veio do trabalho anterior dela; muitas oportunidades estão do nosso lado e a gente nem vê.

Mostre brilho nos olhos

No time da própria Index, quem cresce geralmente é quem demonstra atitude, curiosidade e vontade de fazer diferença.

Use as redes com propósito

Consistência importa mais do que picos. É melhor construir todo dia do que “sumir e voltar”.

Procure mentores e parcerias

A trajetória da agência é feita de trocas — com marcas, com profissionais e com gente nova que está chegando.

Vença o medo do julgamento

Segundo Taciana Veloso, o que mais trava não é segurança; é o medo do que os outros vão dizer. Então, se você está dentro da lei, sem ofender ninguém, siga e ajuste no percurso.

Por que “pertencer a si mesma” é tão poderoso, na opinião de Taciana Veloso?

Porque autonomia dá direção. Sendo assim, Taciana Veloso resume bonito: a gente precisa pertencer a si. Isso não é licença para falar qualquer coisa; é lembrança de que opinião e ponto de vista existem — e tudo bem.

Por isso, vale usar empatia, escutar e seguir em frente, sem paralisar pelo “e se…”. Na visão dela, maturidade ajuda nessa régua: responsabilidade no falar, abertura para aprender e coragem para aparecer.

O que vem por aí no futuro da comunicação?

O rumo é mais estratégia e mais integração. Então, Taciana Veloso enxerga valor em experiências presenciais que criam conexão emocional, em descobrir novos nomes de influência, em testar formatos e, claro, em usar inteligência artificial como recurso — sem esquecer que o humano diferencia. A imprensa continua relevante como selo de credibilidade, mas não isolada: ela se soma à influência, ao evento, ao conteúdo e ao investimento de mídia na mesma história.

Quem é a Taciana Veloso fora do escritório?

Ela é caseira, ama a própria casa, os cachorros, cozinhar nos fins de semana, dançar, tomar sol, viajar com a família e os amigos. A fé faz parte do cotidiano — ela tem até um alarme diário para a oração do anjo da guarda. E, num momento difícil (enfermidade da mãe), contou que um trabalho pessoal de energia e vibração com uma amiga de infância (a Juliana) a ajudou a manter a vitalidade e o pensamento positivo. É um relato íntimo dela, que se soma à fé e à vontade de seguir.

Portanto, o papo com Taciana Veloso é um convite para tirar o medo do centro, apostar na estratégia e na consistência e lembrar que comunicação boa é a que conecta gente com gente.

Então, se você quer crescer — como marca, como empreendedora ou como profissional — vale se perguntar: onde posso aparecer com verdade? Quem eu preciso trazer para perto? E qual história eu vou contar todos os dias, sem desaparecer no meio do caminho? Porque, sim, dá um frio na barriga. Mas, como ela diz, “colocar a cara a tapa” é parte do preço — e, quando a narrativa é boa e a execução é certa, o retorno vem.

No canal, você pode também conferir todos os outros vídeos com convidados exclusivos do Papo Íntimo! E, por fim, que tal seguir a página do podcast direto no Instagram – o @papointimo.podcast?

Nos vemos no próximo!

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